11/01/2021 - 08h44min
Felizmente, 2020 foi salvo no apagar das luzes, graças à ciência que se superou e, de forma eficiente e eficaz, deu a resposta tão desejada: vacinas! Até prova em contrário, esse foi o ano mais inacreditável que minha geração viu. Não foi só a pandemia. Teve muito mais! Um gigantesco e incrível tsunami!
Trago informação da primeira semana de 2021: Mais de 15 milhões de pessoas já foram imunizadas em dezenas de países. Ah! Sem transmutações (ninguém virou jacaré). Enquanto isso, na “pátria amada”, nem seringas tem!
A esperança, agora, é que o novo ano concretize o desejo da imensa maioria da humanidade: a universalização da vacinação. Será maravilhoso se, no futuro, este ano for lembrado pela retomada ao “normal”. Para bem da verdade, um “novo normal”, pois, certamente, o mundo não será mais o mesmo depois dessa experiência. Espero que tenhamos aprendido a lição!
É estranha (para ser educado) a posição do presidente Bolsonaro quanto à imunização. Enquanto grandes líderes mundiais – verdadeiros estadistas – procuram estimular a população a buscar a prevenção vacinal, o nosso fanfarrão assusta os incautos com a história do “Bicho Papão”, usada, antigamente, para assustar crianças. Não posso pactuar com esse tresloucado.
Análises de especialistas nos remetem ao fato de que a retomada da economia está diretamente ligada à imunização da população, ou seja, à vacinação. Não existe como salvar vidas e “voltar à normalidade”, sem controle da COVID 19. Até o ministro Guedes entendeu! O que será que rola naquela cabeça do “doutor Messias”? Receita cloroquina, mas duvida da vacina!
A ciência sempre deu a resposta necessária às mais variadas crises mundiais, sendo primordial no controle de epidemias e na salvaguarda social e econômica. O ataque das trevas, da escuridão, contra o conhecimento científico é alicerçado numa ideologia desvairada. É um extremismo primitivo!
Nesse final de ano, voltei a ler textos sobre a crise da economia mundial. As teses, em pauta, defendem uma revisão no modelo de desenvolvimento, pelo fato de ser notório o fracasso do atual sistema. O retorno ao “Estado de Bem-Estar Social”, um dos preceitos básicos da social-democracia, demonizado pelos extremistas neoliberais, está presente nos debates técnicos pelo mundo. O extremismo neoliberal está perdendo força.
É interessante ver, também, a “voz das urnas”. Parece ser que anunciam o afastamento do voto das propostas vazias e radicais, apontando que o diálogo começa a ser retomado e a democracia avança. Isso sinalizaria o desgaste das ideologias intransigentes? Seria o início do fim do extremismo?!
O fundamentalismo que passou a dominar a religião e a política é um extremismo perigoso. Vai na contramão da ética e da cidadania, difundindo princípios antidemocráticos. Meu sonho é ver nossa nação contaminada pela fraternidade, solidariedade, em paz e harmonia com sua diversidade. Imaginem essa mudança! Que tal sonharmos e alimentarmos, juntos, essa esperança?!...
“Nós somos a mudança que buscamos”. (Barack Obama) VACINA JÁ!
Túlio Carvalho
Publicado em 08/1/21.
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