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Sexta-feira, 22 de novembro de 2024

07/06/2021 - 18h33min

Leandro André

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O que o povo quer

O povo quer morar com dignidade, pode ser uma casa simples; quer emprego, escola e creche para os filhos, atendimento de saúde e o mínimo de segurança. Depois disso, se der, um carro bem básico para passear aos domingos com a família. Um churrasquinho nos finais de semana é outro desejo de consumo da maioria da população brasileira. O povo é humilde e trabalhador, paga impostos sobre tudo que consome. Em troca, quer o mínimo, mas não recebe. Seria uma barbada atender o básico, não fosse tanta corrupção e gestões públicas tão inchadas e ineficientes.


O Brasil é um país rico, muito rico, mas a sua população é pobre, muito pobre. Temos milhões de hectares de terras aráveis, sol, chuva, enormes fontes de água doce, uma costa marinha de 9.200 km considerando as reentrâncias do litoral. Temos riquezas minerais e vegetais por todos os lados, no solo e no subsolo. No entanto, apesar de toda esta riqueza natural, milhões de brasileiros passam fome, sobrevivem no caos, porque a corrupção e a má gestão sugam tudo, deixando migalhas para serem divididas entre os miseráveis que sequer têm forças para entender que esmola é problema e não solução.


Então, quando se institui operações como a Lava-jato, que escancara as hienas da sociedade em suas torres de vidro, eis que o contra-ataque não demora, com marteladas condenatórias. E para não comprometer a estabilidade das torres, divide-se a massa lá embaixo, provocando a discórdia perpétua. E o mais bizarro é que brigam defendendo corruptos.


Não, não é exagero e não estou falando de um canto de mundo, estou simplesmente resumindo a realidade brasileira.



Nas Cidades


Os cidadãos querem ruas pavimentadas, limpas e iluminadas; médicos nos postos de saúde, empregos e segurança para ir e vir sem serem atacados e roubados. Basicamente é isso. Mas, apesar de tão pouco, são raras as cidades que oferecem este cenário.



Distrito Industrial


Eu estive no Distrito Industrial de Guaíba essa semana. É o quadro da dor. Ver matéria nesta edição.



Contratação de Médicos


Permanece, em Guaíba, um problema que vem de longe: a dificuldade para contratar médicos. Críticas e denúncias se repetem, transcendendo governos. Apurei que o problema é o valor pago pela hora de atendimento e que a intermediação das contratações está reduzindo os valores destinados aos médicos. Com isso, os profissionais optam pelas prefeituras que pagam mais. Resumo da bufa: não há médicos suficientes para atender a demanda em Guaíba e quem sofre é a população.


Questionei a secretária municipal de Saúde, Eliane Ribeiro, sobre esta questão dos atravessadores na contratação de médicos na Aldeia. Uma prática antiga, que se repete. A secretária informou que toda a contratação do PA e do Hospital é feita pela Associação Vila Nova.


Na próxima semana, vamos divulgar a entrevista na íntegra.



Ampla Divulgação e Participação


Desde sua fundação, há 28 anos, a Gazeta Centro-Sul destaca a importância da valorização das empresas e instituições locais, considerando geração de empregos, renda e oportunidades para as populações das cidades.


Nas últimas semanas, a Gazeta vem batendo nesta tecla da valorização local com mais intensidade. A pandemia escancarou a necessidade de união comunitária para manter girando a roda do desenvolvimento das cidades.


Na semana passada, a Gazeta questionou a Prefeitura de Guaíba sobre a divulgação de seus processos licitatórios. A Prefeitura respondeu parcialmente a pergunta do Jornal e passou uma informação distorcida. Vamos lá.


Acertou o Governo Municipal ao salientar que “o sistema de divulgação segue a lei de licitações, que consta a obrigatoriedade de publicidade em jornais de grande circulação no Estado e no País, com a tiragem específica na lei...”. No entanto, errou ao divulgar que “muitas vezes também é enviada a publicidade para nossos jornais locais”. Isso não acontece. Existe um contrato firmado por meio de licitação para que a Prefeitura possa fazer as suas publicações legais no Município, portanto, quando fala que envia publicidade para “jornais locais”, no plural, não confere com a realidade. Sequer no jornal contratado publica as licitações.


O ponto relevante desta questão é alcançar o maior número de empresas da Cidade nos processos licitatórios, e quanto mais divulgar na Aldeia, mais aumentará a chance desta participação. Isso deveria acontecer com todos os municípios. Neste contexto, está a necessidade de ajudar as pequenas empresas a se tornarem aptas a participar. Tudo dentro da legalidade e da transparência. Temos um dever de casa a fazer.



Leandro André

[email protected]

Publicado em 28/5/21.

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