31/05/2021 - 10h32min
Adolf Hitler, figura central do holocausto, entrou para a história muito mais por ter comandado um regime tirânico que mergulhou a Alemanha no ódio e por mobilizar um país contra um povo; do que por qualquer tipo de bondades que possa ter feito. Hitler era impecável em seus discursos e mobilizava grandes multidões com seu poder de persuasão e manipulação.
Em uma de suas reuniões com simpatizantes do Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, o partido nazista de extrema direita que vigorou na Alemanha de 1920 a 1945, Adolf Hitler pediu que lhe trouxessem uma galinha. Segurou-a bem forte com uma das mãos enquanto depenava o bicho com a outra. A galinha, desesperada pela dor, quis fugir mas não pôde. Assim, Hitler tirou todas suas penas, dizendo aos seus colaboradores: “Agora, observem o que vai acontecer...”
O ditador soltou a galinha no chão e afastou-se um pouco dela. Pegou um punhado de grãos de milho, começou a caminhar pela sala e soltar os grãos no chão, onde passava. Seus colaboradores olhavam, perplexos, como a galinha, assustada, dolorida e sangrando, corria atrás de Hitler tentando bicar algumas migalhas, dando voltas pela sala. Ela o seguia fielmente por todos os lados.
Então, Hitler olhou para seus ajudantes, que estavam totalmente surpresos, e lhes disse: “Assim se governa para os estúpidos. Viram como a galinha me seguiu, apesar da dor que lhe causei? ”. Tirei-lhe tudo... as penas e a dignidade. E ela, sofrida pela dor, continua me seguindo em busca de farelos.
Assim são os adoradores de pessoas e de partidos no momento mais polarizado da democracia brasileira. Um período em que a pandemia mais avassaladora da história da humanidade é politizada por todos os cantos e de todas as formas com ofensas potencializadas ao extremo pela ‘boca suja’ das latrinas das redes sociais. Tudo isso na contramão daqueles que desejam um país melhor.
Brasil, teu nome é fracasso!!!
Por força da minha atividade profissional preciso me comunicar em espanhol algumas vezes ao dia quase todos os dias. Tenho ouvido atentamente às entrevistas do técnico espanhol Miguel Ángel Ramírez, do Inter, desde que ele aqui chegou. E confesso que não entendo absolutamente nada do que ele diz. Fala muito rápido e por vezes utiliza termos e expressões específicas de um dialeto carregado com alguma gíria. Por outro lado, falta boa vontade ao técnico colorado: ele não se preocupa minimamente em se fazer entender naquele ‘portunhol’ que todos nós tentamos utilizar quando necessário – principalmente na hora de pechinchar umas comprinhas ali nos freeshops de Rivera, Rio Branco, Chuí, Aceguá...
Então, deduzi que não é o grupo de jogadores do Inter que é ruim, nem o esquema tático que ainda não encaixou. O problema é que, com exceção de Cuesta, Saravia, Palácios e Guerreiro, ninguém entende absolutamente nada do que o técnico fala no vestiário. O que falta na verdade, é só um tradutor. É mais simples e mais barato do que se pensa. Ufa.... que alívio!!! E eu, maldosamente, pensando que o grupo de jogadores do Inter era desqualificado e o treinador teimoso...
Daniel Andriotti
Publicado em 28/5/21.
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