Gazeta Centro-Sul
Sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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31/05/2021 - 10h17min
Editorial
O Peso das Obras Públicas
No Brasil, as obras públicas são caras e se arrastam devido aos problemas com processos licitatórios e, consequentemente, com as empresas contratadas. São muitos exemplos negativos espalhados pelo País há muitos anos.
Em Guaíba, obras executadas pelos governos Federal e Estadual, em parceria com o Município, integram este quadro nacional de desperdício do dinheiro público. Há também os projetos anunciados por políticos reiteradas vezes, mas que não saem do papel. Neste pacote de projetos vazios, sem execução, destaque para a duplicação da Estrada do Conde; a Zona Mista Industrial (Estrada do Conde); o Distrito Industrial de Guaíba (BR-116); a UPA; a quadra esportiva da Escola Inácio de Quadros; três creches; maternidade; centro cultural (ex-mercado público); presídio masculino; iluminação pública de qualidade; parque ecológico no Morro José Lutzenberger; revitalização do Centro; rodoviária; CT do Internacional; e reconstrução do Pavilhão Canadá no IEE Gomes Jardim, entre outros.
E ainda têm as construções paralisadas ou que avançam de forma muito lenta, prejudicando sobremaneira a população, que precisa de creches, de atendimento de Saúde, de esgoto tratado, de mobilidade urbana, de moradias e de empregos.
A sociedade brasileira paga elevada carga tributária, mas os serviços públicos são deficitários, e as obras, em geral, superfaturadas.
Além das construções paralisadas e das que se arrastam por anos, há outras concluídas sem qualidade, apresentando defeitos poucos meses após serem entregues, conforme pode ser observado no sistema viário abrangendo o Bairro Ermo e a Zona Sul de Guaíba, por exemplo.
É necessário que o País mude as regras de licitações e que haja fiscalização eficaz nas obras públicas, pois se o sistema continuar como está, o dinheiro oriundo dos trabalhadores brasileiros seguirá escorrendo pelo ralo.
Publicado em 28/5/21.
