31/05/2021 - 09h56min
A Gazeta CentroSul recebeu, pelo WhatsApp, mensagens sobre a morte de um motociclista na noite de quarta-feira, 26 de maio. A informação chegou na Redação, relatando um acidente que aconteceu na Rua Dona Frutuosa, em frente ao SESI de Guaíba. Um áudio que circulou também pelo WhatsApp relatava que a carteira da vítima havia sumido.
A Gazeta questionou a Brigada Militar sobre o acidente. De acordo com nota da BM, às 21h30 de quarta-feira, 26, uma guarnição da Brigada Militar se deslocou até a Rua Dona Frutuosa, nº 495, Bairro Coronel Nassuca (em frente ao SESI) para atender um acidente de trânsito. Chegando ao local, os PMs visualizaram a vítima de 21 anos já em óbito, de acordo com a equipe do SAMU. Populares informaram que o jovem conduzia a motocicleta Honda CG 150 Fan (foto), em situação regular, quando perdeu o controle da direção e se chocou contra um poste de luz.
A BM ressaltou que não tem conhecimento sobre a informação do desaparecimento da carteira da vítima, conforme áudio que circulou pelas redes sociais.
Força-tarefa deflagra ações contra exploração sexual infanto-juvenil
O combate à violência e à exploração sexual de crianças e adolescentes levou às ruas de Porto Alegre e de mais oito cidades gaúchas, na tarde desta quinta-feira, 27, uma força-tarefa integrada de instituições da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e da União, com apoio do Ministério Público Estadual e do Poder Judiciário. Só na Capital, entre efetivos da Brigada Militar (BM), da Polícia Civil (PC), do Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram mobilizados 77 agentes e 31 viaturas. Ainda houve ações em Eldorado do Sul, Tapes, Sertão Santana, Marau, Passo Fundo, Candelária, Caxias do Sul e Garibaldi.
A ofensiva dá continuidade à intensificação de apurações e cumprimento de medidas judiciais promovida desde março deste ano pelas forças de Segurança do Rio Grande do Sul. Na terça-feira da semana passada, dia 18, Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o Departamento de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil apresentou o resultado do Mutirão Infância Digna. O trabalho, desenvolvido pelas 16 delegacias especializadas ligadas à Divisão Especial da Criança e do Adolescente (Deca) do DPGV, agilizou a conclusão de 847 inquéritos envolvendo cerca de 1,2 mil vítimas de crimes de exploração sexual, a maioria estupros.
As atividades de quinta-feira, 27, também se integram à Operação Parador 27, coordenada pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP) para fomentar em todos os Estados a realização de ações em alusão ao Maio Amarelo, mês dedicado ao alerta da sociedade sobre o combate à exploração sexual infanto-juvenil.
Conforme dados do Observatório Estadual da Segurança Pública, o número de ocorrências de abusos contra vítimas de zero a 17 anos no Rio Grande do Sul, considerando os registros de “exploração sexual infanto-juvenil”, “estupro” e “estupro de vulnerável”, caiu 13% em 2020 na comparação com o ano anterior, de 3.291 casos para 2.848 – ainda em nível muito elevado desse tipo de crime. Na comparação entre janeiro e abril deste ano com o mesmo período de 2020, os números também apontam redução, de 993 ocorrências para 904 (-9%).
No cenário nacional, os dados sobre o tema ainda são alarmantes. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020, com compilação de dados do ano anterior, registra a ocorrência de 66.123 estupros no País – o que equivale a um caso a cada oito minutos. O levantamento também apontou que 70,5% dos casos são de estupros de vulnerável, ou seja, crimes que envolvem vítimas menores de 14 anos de idade ou pessoas que não podem oferecer resistência ao ato.
Campanha incentiva denúncia
Para incentivar o relato de suspeitas de abuso e outras denúncias à Polícia Civil e ressaltar a importância da vigilância preventiva contra esse tipo de delito, a Deca lançou, no último dia 18, a campanha “Conta que eu te escuto”. O objetivo é alertar a sociedade sobre a temática, reforçando a necessidade de pais e mães ouvirem seus filhos e dar credibilidade aos relatos das crianças e dos adolescentes.
Além disso, a campanha destaca orientações para que adultos estejam atentos a mudanças bruscas de comportamento dos menores, que na maioria dos casos estão assustados ou envergonhados demais para contar o que sofreram. É importante observar alterações súbitas de humor ou personalidade que indiquem baixa autoestima, agressividade, choro, angústia e cansaço persistentes.
Onde denunciar
• Disque-Denúncia 181 (Disp)
• Denúncia Digital 181
(Site da SSP): ssp.rs.gov.br/denuncia-digital
• WhatsApp da Polícia Civil: (51) 98444-0606
• Disque 100 (Governo Federal)
• Em casos de urgência, que demande intervenção imediata, o número é o 190 da Brigada Militar
Cards no Instagram para ajudar na localização de desaparecidos
No Dia Internacional da Criança Desaparecida, celebrado em 25 de maio, a Polícia Civil gaúcha iniciou a divulgação de uma série de cards com imagens de pessoas desaparecidas, especialmente de crianças e adolescentes. O material está sendo divulgado nos stories do Instagram oficial da Instituição, o @policiacivilrsoficial, e ficará disponível na seção de destaques do IG.
Além do nome completo e da foto do desaparecido, os cards apresentam informações como a data do desaparecimento, a idade da pessoa na época do seu sumiço e o lugar onde residia. Também dois números de telefones serão disponibilizados a quem tiver qualquer informação sobre o paradeiro dessas pessoas: 0800 642 0121 e o (51) 98519-2196 (esse último também WhatsApp).
Carro da Prefeitura despenca de barranco
Um carro da Prefeitura de Guaíba despencou de um barranco no Estacionamento da Secretaria de Obras do Município. A informação chegou na Gazeta Centro-Sul na manhã de quinta-feira, 27. Em nota, o Governo Municipal informou que foi um acidente causado pela falha nos freios do veículo. Foi aberta uma sindicância para apurar o caso.
Polícia Civil indicia por crime racial manifestantes que encenaram enforcamento no Parque Moinhos de Vento
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Combate à Intolerância (DPCI), concluiu e enviou ao Poder Judiciário, no dia 21 de maio, inquérito que apurou o episódio em que manifestantes encenaram uma execução por enforcamento no Parque Moinhos de Vento, em Porto Alegre, durante ato promovido por apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro, no dia 21 de abril. A DPCI investigou o caso a partir de denúncia feita por representantes da Câmara de Vereadores da Capital e de onze organizações civis. Duas pessoas foram indiciadas por dolo eventual por crime previsto no art. 20, da Lei 7.716/89 (Lei do Crime Racial).
Na data do fato, um dos manifestantes se vestiu como um carrasco, com traje semelhante ao utilizado pelo grupo terrorista Ku Klux Klan, organização extremista que defendia a supremacia branca e fazia oposição aos movimentos de direitos civis, e enforcou “em praça pública” um boneco, fantasiado com uma roupa preta, o qual foi pendurado em uma árvore, em método de execução pelo qual o citado grupo ficou conhecido durante a perseguição que promovia ataque a minorias em geral e especialmente aos negros.
Durante a investigação, tanto manifestantes como representantes das organizações civis foram ouvidos e, ainda que os suspeitos argumentassem a ausência de intenção de promover o racismo, houve claramente uma alusão a grupos supremacistas, uma vez que a túnica e o capuz, bem como a encenação, remetem automática e incontestavelmente ao movimento histórico do Ku Klux Klan.
Conforme a delegada Andrea Mattos, titular da DPCI: “A reprodução de uma cena de assassinato durante uma manifestação político-ideológica não pode ser vista com normalidade. A encenação foi um ato de ódio, um ataque aos Direitos Humanos, extrapolou a normalidade democrática. A sua intenção e efeito lógico são o sentimento de insegurança de todas as pessoas que pertencem ao grupo atacado. E o sentimento de ódio que costuma motivar os ataques está intimamente relacionado aos preconceitos construídos histórica e socialmente contra as mais diversas minorias sociais”.
Lei 7.716/89
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar, pelos meios de comunicação social ou por publicação de qualquer natureza, a discriminação ou preconceito de raça, por religião, etnia ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa.
Foto: Divulgação
Publicado em 28/5/21.
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